Conhecendo o Taj Mahal e o forte vermelho
Chegou o dia de conhecer o Taj Mahal. O Taj Mahal dos livros que li e dos filmes que assisti, e realmente ele existe!
Fui bem cedo, não tão cedo que também não adianta muito, porque na época que fui tem neblina, aliás um misto de neblina e poluição. A construção é linda e o mais lindo ainda é a história de amor que a envolve, para quem não a conhece farei um resumo e para os que conhecem, uma recordação. Para quem não sabe o Taj Mahal é uma das sete maravilhas do mundo moderno, foi incluído em 2007.
Se prepare para a fila que terá que enfrentar para entrar no lugar. Recomendo que vá no período da manhã e o mais cedo que você puder, porque com certeza irá enfrentar fila.
Construção do Taj Mahal
O Taj Mahal foi construído entre 1632 e 1653 com a força de cerca de 20 mil homens, trazidos de várias cidades do oriente, para trabalhar no suntuoso monumento de mármore branco que o imperador Shah Jahan mandou construir em memória de sua terceira esposa, que por sinal era a favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal (“A joia do palácio”). Ela morreu após dar à luz o 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Taj_Mahal). O Taj Mahal é um mausoléu, não é um templo e nem um palácio, é um túmulo muçulmano num país onde a maioria é hindu.
O Taj Mahal é também conhecido como a maior prova de amor do mundo, contendo inscrições retiradas do Corão. É incrustado com pedras semipreciosas, tais como o lápis-lazúli, entre outras. A sua cúpula é costurada com fios de ouro. O edifício é flanqueado por duas mesquitas e cercado por quatro minaretes, um desses minaretes inclusive estava em reforma quando estive lá. Minaretes são as torres altas e finas das mesquitas, compostas por três ou quatro andares e balcões salientes, da onde são anunciadas as cinco chamadas diárias para orações. Eu gosto muito de ouvir essas chamadas quando estou em países onde têm muitas mesquitas.
Supõe-se que o imperador pretendesse fazer uma réplica do Taj Mahal original na outra margem do rio, em mármore preto, mas acabou morto antes do início das obras por um de seus filhos. que antes o manteve preso por 8 anos no forte de Agra e ele de lá contemplava de longe o Taj Mahal, depois de sua morte ele foi sepultado ao lado de sua esposa. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Taj_Mahal)
Não é de chorar essa história? Deveriam fazer um filme disso. Eu até pesquisei para ver se já não tinham feito, achei uma nota no site do Jornal O Globo, mas não consegui encontrar o filme em minhas pesquisas, se alguém souber me escreva para eu atualizar aqui.
Dicas para visitar o Taj Mahal
- Para visitar o Taj Mahal tem todo um esquema de segurança, mulheres não podem entrar com batons e nada de maquiagem na bolsa, nem coisas cortantes também. Por isso recomendo que só leve o necessário na bolsa, assim inclusive poupa tempo de revista;
- O Taj Mahal possui três portões, você pode entrar por qualquer um deles;
- Não pode entrar com alimentos e bebidas, somente uma garrafinha de água, e acredite, você vai precisar;
- Não há uma exigência quanto a vestimenta para visitar o Taj Mahal, mas como a Índia é um país bastante conservador recomendo para as mulheres terem os braços e pernas cobertas, essa é uma regra de ouro por lá para visitar locais religiosos e monumentos importantes;
- Deixe o tripé e qualquer objeto pontiagudo no hotel, você não poderá entrar no Taj Mahal com nada disso e com certeza serão confiscados na entrada;
- Sexta-feira é um dia sagrado em alguns lugares na Índia, portanto o Taj Mahal está fechado nesse dia, ele abre de sábado à quinta-feira ao nascer do sol (6h00 da manhã) e fecha no por do sol (19h00), planeje sua visita lembrando disso;
- Prefira ir logo cedo, depois das 09h00 começam a chegar ônibus de turismo e fica um horror de longas filas;
Mulheres entram por uma fila e homens por outra porque todos são revistados, eles têm muito medo de terrorismo e estão certos, o Taj Mahal é um “prato cheio” para os malucos de plantão
Também não se pode entrar lá sem usar aquelas proteções que vestem o calçado, uma sapatilha descartável. Aliás você irá precisar disso em vários lugares que for visitar na Índia, eu tinha uma meia que usava só para isso.
Quanto custa para entrar no Taj Mahal
1100 rúpias para estrangeiros (mais ou menos uns R$ 50,00), isso inclui uma garrafinha de água e um par de “pantufas”. Grátis para crianças e adolescentes até 15 anos. As compras feitas online recebem desconto. O endereço do site oficial.
Curiosidades sobre o Taj Mahal
Toda obra da magnitude do Taj Mahal costuma ser cercada de curiosidades e até mesmo de lendas, essa obra não seria diferente, consegui encontrar algumas pela Internet e outras fiquei sabendo lá:
- Dependendo da luz do sol o Taj Mahal vai mudando de cor, pela manhã é mais rosado e na medida que vai entardecendo mais dourado;
- Em sua construção foram usados 28 tipos de pedras semipreciosas, infelizmente muitas delas foram retiradas pelos ingleses após a revolta indiana no século XIX;
- Também foi utilizado em sua construção diferentes tipos de mármore vindos de diversas partes do mundo tais como: Rajastão, Punjab, China, Tibete, Afeganistão, Sri Lanka e Arábia.
- Além dos 20.000 artesões que já mencionei antes foram utilizados em sua construção a força de 1.000 elefantes;
- Nas partes laterais do Taj Mahal estão inscritos os 99 nomes de Alá e ele como um todo possui passagens do alcorão;
- As quatro faces dele são idênticas e todas têm um arco central de 33 metros de altura;
- O Taj Mahal é bem simétrico, a única parte que rompe com essa simetria é o túmulo do imperador que é maior do que de sua mulher, porque de acordo com a cultura islâmica o tumulo do homem tem que ser maior do que o da mulher;
- Quando o Taj Mahal foi construído, Agra era a capital do império mongol, hoje só vale à pena ser visitada pelo Taj Mahal e o Forte Vermelho;
- Diz a lenda, porque não existe nada que comprove isso, que depois do mausoléu pronto o imperador mandou cortar as mãos e cegar os envolvidos em sua construção, para que nenhum deles pudesse construir de novo algo tão magnifico como o Taj Mahal.
Minha história no dia da visita
Agora tenho uma história pessoal para contar no dia da minha visita ao Taj Mahal, fui agraciada pela natureza justo nesse dia por uma tremenda dor de barriga na hora que cheguei no dito cujo, não é dose? E lá fui eu procurar banheiro, sufoco total! Arrumei o banheiro, com uma filinha clássica e quando vaga uma porta é o tal buraco oriental, neguei e esperançosa aguardei a outra porta, que graças aos deuses era o normal, dito banheiro ocidental. Saí do banheiro com receio que a dor de barriga voltasse, mas após esse incidente o dia transcorreu normalmente, se é que na Índia alguém tem dia normal.
No caminho para o forte vejam o que vi.
Ao atravessar o rio tem-se esta vista, da ponte ferroviária e dos lavadores de roupa. Nas latas, algumas fogueiras por baixo. A roupa é lavada e colocada para secar.
Conhecendo o Forte Vermelho
Como escrevi antes, à tarde fui visitar o Forte de Agra, também conhecido como forte vermelho, super bom gosto diga-se de passagem. É nele que o filho de Shah Jahan o prendeu e é nele que ele morreu. Apesar da história triste que o envolve, o forte é um lugar muito bonito.
Foi transformado em palácio e foi considerado como uma cidade palácio fortificada e se tornou a jaula de ouro do imperador Sha Yahan.
Lá existem três mesquitas, a Mina Masjid (mesquita gema, destinada somente para o imperador), a Moti Masjid (mesquita da peróla) e a Nagina Masjid (mesquita da jóia). Essa última foi construída para o harém de Sha Yahan, ela é bem pequena.
Agora pasmem, lá tem um mini Taj Mahal! Isso mesmo, e o mais incrível é que ele foi construído antes do grande Taj que tanto admiro, eu nem sabia disso fiquei sabendo lá. Foi feito entre os anos de 1622 a 1628 pela mulher do imperador Jhangir em homenagem aos seus pais. Acreditem ou não mas vejam abaixo o portão de entrada do mini Taj.
Na Índia é assim, até o que é mini, é grande. Os arredores do Taj Mahal ficam lotados de comércio. Quem for a Índia tem que estar preparado para isso, porque lá é assim, cheio de lojinhas, ambulantes e tudo o mais. Foi lá inclusive que aprendi a barganhar, fiquei ótima nisso depois dessa viagem.
E chegou o dia de me despedir de quem foi meu guia nessa viagem até Agra, o Sandipy, foi um excelente guia e amigo.
Depois de Agra segui viagem de trem para Jhansi e de lá fui de carro para Orcha.
2 Comentários
Ariel Reis
Olá Marta, muito legal viajar com você por aqui! Sem dúvidas é uma inspiração pra quem ama tanto viajar!!
Marta Souza
Oi Ariel, que bom que gostou! Apareça sempre. Abraços